Um empresário paraibano foi preso na manhã desta quarta-feira (4) no bojo da Operação Ressonância, desencadeada pela força-tarefa da Lava Jato. A ação é um desdobramento da operação Fatura Exposta. Na mira está um esquema de corrupção na Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro. Aproximadamente 180 policiais federais cumprem 13 mandados de prisão preventiva; 9 mandados de prisão temporária e 43 mandados de busca e apreensão nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Paraíba, Minas Gerais e no Distrito Federal. A prisão, no Estado, aconteceu no bairro de Intermares, e o nome completo do suspeito ainda não foi revelado pelas autoridades. A reportagem conseguiu a informação apenas de que o pré-nome do empresário é Lindeberg.
A nova fase da operação traz na relação de presos suspeitos detidos na primeira fase e que acabaram conseguindo a liberdade por decisão do ministro do Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Neste grupo estão os empresários Miguel Iskin e Gustavo Estellita. Os mandados de prisão foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro. Desta vez, o Ministério Público Federal se debruça sobre grandes multinacionais fornecedoras de material hospitalar, envolvidas em fraudes em licitação e formação de cartel. Em São Paulo, a força-tarefa mira executivos da Philips, e há busca e apreensão na sede da empresa. A 7ª Vara Federal Criminal também decretou o bloqueio de bens dos investigados no valor de R$ 1,2 bilhão.
Fraudes no Into
Na primeira etapa da Fatura Exposta, em abril de 2017, foram presos, além de Iskin, Sérgio Côrtes e o empresário Gustavo Estellita. A operação investigava fraudes em licitações para o fornecimento de próteses para o Into. Os desvios chegaram a R$ 300 milhões entre 2016 e 2017.
A suspeita é que Côrtes favoreceu a empresa Oscar Iskin, da qual Miguel é sócio, em licitações. Estellita é sócio de Miguel em outras empresas e já foi gerente comercial da Oscar Iskin. A empresa é uma das maiores fornecedoras de próteses do Rio.
Em dezembro de 2017, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar Iskin e Estellita. Mendes substituiu a prisão preventiva por medidas alternativas – não falar com outros investigados, ficar em casa à noite e nos fins de semana e entregar o passaporte.
Em fevereiro de 2018, foi a vez de Côrtes deixar a prisão, também por determinação de Gilmar Mendes.
CARIRI EM AÇÃO
Com G1 /Foto: Reprodução
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