Sabe a expressão de que a água só corre para o mar? É mais ou menos isso que os partidos pretendem para as eleições deste ano. Me explico melhor: os caciques políticos serão os maiores beneficiados com o dinheiro do fundo eleitoral, a bolada de R$ 1,7 bilhão destinada ao financiamento das campanhas. Pelo menos 12 dos 35 partidos enviaram ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) os critérios para a divisão dos recursos. Nenhum deles prevê equilíbrio entre os repasses. Então, quem tem mandato receberá mais recursos, assim como os nomes considerados apostas dos partidos. Os dados foram revelados em reportagem da Folha de São Paulo desta terça-feira (24).
Encaminharam a descrição dos critérios ao TSE partidos como PSDB, DEM, PSB, PSD, PP, PR, PRB, PSOL, PPS, PMN, PRTB e Patriota. Seis deles, contudo, poderão ter de sanar problemas, como assinaturas sem firma reconhecida e dados incompletos. Apesar do desnivelamento nos critérios de distribuição, não há punição prevista para as siglas neste caso. A única exigência feita pela Justiça Eleitoral é que sejam destinados 30% da cota de gênero. Ou seja, as mulheres, geralmente minoria entre os postulantes, terão que ter destinados uma cota mínima de recursos. Mesmo assim, ainda há distorções. A direção nacional do PP definiu que, para atingir os 30% exigidos, os homens abrirão mão de uma parte que seria deles.
O PP também definiu outro critério curioso. O deputado federal que decidir não disputar o cargo, poderá indicar outra pessoa para receber o benefício. Isso fará com que ele mantenha a influência no partido. Os partidos que não terão candidatos a presidente deverão investir mais na eleição de novos quadros. Há siglas dispostas a destinar R$ 2 milhões para a linha de frente dos candidatos a deputado federal.
CARIRI EM AÇÃO
Com Suetoni Maior/Foto: Reprodução Internet
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