Os suspeitos de assassinar o sargento do Corpo de Bombeiros Josélio de Souza Leite, no início da tarde dessa quinta-feira (30), foram definidos pela Polícia Civil como “equipe perigosa”. Eles foram presos à noite, horas após o crime, que aconteceu na sede da corporação, no bairro de Mangabeira, em João Pessoa. Imagens de circuitos de segurança registraram os momentos em que o sargento é atingido por tiros e em que os suspeitos fogem em uma motocicleta.
Segundo o delegado Wagner Dorta, da Delegacia de Crimes contra Patrimônio, o trio “vinha aterrorizando não somente João Pessoa, como também a região metropolitana”. Ele contou que a polícia tem conhecimento de que o mesmo trio praticou assaltos em fazendas, de onde foram roubadas armas de fogo.
O interesse dos suspeitos em atacar o sargento também seria roubar a arma usada por ele. De acordo com o coronel Valério, o primeiro suspeito a ser preso – Natan Afonso de Carvalho, de 18 anos, piloto da moto – contou que arma seria vendida por R$ 6 mil. Ainda conforme o policial, o veículo usado no crime seria de um cunhado de Jonas Ribeiro Sobrinho, de 20 anos, apontado como atirador, o segundo suspeito a ser preso.
Jonas, por sua vez, teria cumprido plano proposto por Thiago Ribeiro da Cunha, de 32 anos, presidiário do regime semiaberto, que cumpre medidas alternativas como faxineiro do prédio do Corpo de Bombeiros onde aconteceu o crime. A polícia afirma, com base em relato do próprio Jonas, que foi Thiago quem deu aos executores informações sobre a rotina do sargento e do trabalho prestado por ele na guarita da unidade militar.
Thiago foi o último entre os três suspeitos a ser preso e nega participação no crime. Ele chegou a discutir verbalmente com Jonas na Central de Polícia Civil.
Tanto Jonas, quanto Natan se negaram a comentar o assunto na presença da imprensa. Porém, de acordo com o major Sidney, Natan confessou ser o condutor da moto e ter sido convidado para a ação criminosa por Jonas. “Um característica da prisão dele é que ele estava tranquilo em casa e se manteve tranquilo durante a revista. Quando averiguamos um celular, na frente dele, descobrimos que Jonas disse a ele para fugir. Ao ouvirmos esse áudio, ele já caiu em choro e confessou ser o condutor da moto”.
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