Uma sobrinha do homem apontado como o agressor de Jair Bolsonaro (PSL-RJ) afirmou que o tio mudou seu comportamento nos últimos três anos. Jussara Ramos disse que Adélio Bispo de Oliveira já havia tido um episódio de surto, falava palavras desconexas e ficava dias preso no quarto.
“Foi um susto pra gente. A gente não entendeu o que aconteceu com ele. Ele mudou muito nos últimos anos, não falava coisa com coisa”, disse, por telefone. De acordo com a sobrinha, o suspeito de esfaquear o presidenciável era missionário da igreja evangélica.
“Estamos sofrendo represálias nas redes sociais. A gente quer que vocês deem oportunidade para ele falar, pra gente poder entender o que aconteceu com ele”, completou.
Segundo Jussara, o tio não falava muito de política e a família não sabia da filiação ao PSOL -ele foi da legenda de 2007 a 2014.
“Ele sempre foi muito discreto na questão política, nunca relatou nada em relação a isso. Ele só falava que ele queria um mundo melhor, é o que todo mundo quer, né?”.
A sobrinha ainda afirmou que Adélio Bispo de Oliveira fala dois idiomas fluentemente, inglês e espanhol.
Folhapress