Obras do Eixo Leste na PB estão aptas a receber as águas da Transposição

O presidente da Aesa (Agência Executiva de Gestão das Águas do Estado da Paraíba), João Fernandes, disse nesta sexta-feira (14), que as obras do Eixo Leste já garantem a passagem das águas da Transposição do Rio São Francisco para Monteiro. Apesar disso, o bombeamento está suspenso desde o início das reformas nos mananciais de Poções e Camalaú. De acordo com o Dnocs, a obra está apta para voltar a receber as águas desde o dia 5 agosto.

“O Eixo Leste está pronto, dependendo apenas do ministro [da Integração Nacional] mandar bombear a água para Monteiro. Os consertos do Eixo Leste foram feitos e Poções e Camalaú, embora não estejam concluídos totalmente, já dá passagem das águas do São Francisco”, disse João Fernandes, afirmando que estão faltando apenas os complementos dessas obras, que não interferem na passagem das águas.

O coordenador do Dnocs (Departamento Nacional de Obras Contra as Secas), Alberto Batista, disse que “o Ministério da Integração já está ciente de todo o processo”, mas não sabe o motivo da água não ter sido liberada ainda.

“Nossa parte nós estamos fazendo, que é a execução do processo de fechamento, atacamos a parte das comportas, para que não ficasse na dependência da conclusão da obra para que a água chegasse. Hoje, Poções e Camalaú já estão aptas a receberem as águas do São Francisco”, disse Alberto Batista.

No mês passado, em reunião no Ministério da Integração, com Dnocs, as empresas envolvidas no processo de Camalaú e Poções e os Ministérios Públicos Federal e Estadual, ficou definido que seria liberado 800 litros por segundo. Mas o bombeamento não teve início ainda. “Estamos aguardando o posicionamento do MI”, frisou Alberto.

As obras em Poções e Camalaú foram necessárias porque foi feito o ‘rasgo’ para que a água chegasse mais rápido em Campina Grande, e foi necessário colocar tubulação, válvulas de controle para ter maior aproveitamento das águas, envelopamento com concreto e, agora, falta a parte de acabamento, que são as obras complementares e a parte de automação, explicou o Dnocs.

Alberto Batista disse, no entanto, que apesar de não ter voltado a bombear as águas, “não compromete a segurança hídrica de Campina Grande”. “Campina Grande não corre risco de entrar em colapso, não”, comentou.

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