O candidato a presidente do PT, Fernando Haddad, afirmou nesta sexta (21) que gosta de Ciro Gomes (PDT).
Questionado sobre o fato de Ciro dizer que não o apoiaria já neste momento, Haddad afirmou que ele “diz uma coisa e depois diz outra”.
“Eu gosto do Ciro. É verdade mesmo. É amigo nosso”, disse.
O petista estava acompanhado da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), candidata ao Senado, e do governador Fernando Pimentel (PT), candidato à reeleição.
Questionados sobre atritos entre os dois, Dilma e Haddad negaram e se abraçaram. “Vocês adoram inventar”, disse Dilma aos jornalistas.
“São farpas de amor”, opinou Pimentel. “Flechas de amor”, emendou Haddad. “Do cupido”, disse Dilma, enquanto o grupo entrava no Museu da Inconfidência.
Também estavam presentes as candidatas a vice Manuela D’Ávila (PCdoB), da chapa presidencial, e Jô Morais (PCdoB), da chapa de Pimentel.
Haddad afirmou ainda que sua rejeição pode diminuir no segundo turno, quando tiver mais tempo de se apresentar, e que toda a classe política é rejeitada.
“Imaginar que o humor das pessoas vai mudar do dia pra noite em função de uma campanha eleitoral, que eles vão esquecer tudo que passaram nos últimos quatro anos, não é razoável”, disse Haddad.
Questionado sobre ser uma crítica ao governo Dilma, disse que se referia à sabotagem do PSDB que começou no dia da eleição.
Haddad escolheu a cidade histórica e universitária para seu primeiro comício como candidato do PT em Minas, em que lembrou as políticas do governo Lula (PT) para as universidades.
No Museu da Inconfidência, assinou uma carta em que se compromete com políticas culturais e com o patrimônio público. Ele quer destinar parte do orçamento da cultura para preservação do patrimônio histórico.
“Temos 15 dias para convencer as pessoas de que o Brasil pode ser feliz. Temos que conversar com as pessoas em casa, no trabalho, no bairro”, disse Haddad ao pedir votos.
O candidato também elogiou Dilma e criticou os adversários do PSDB em Minas, Aécio Neves e Antonio Anastasia, que concorrem à Câmara e ao governo do estado.
“Dilma luta como uma garota como ninguém”, afirmou, lembrando sua trajetória de luta contra a ditadura. “Cadê Aécio concorrendo ao Senado com Dilma? A gente procura Aécio e não acha.”
O público entrou na onda da provocação e gritou: “Aécio virou pó”. Dilma chegou a entoar a frase, mas se conteve.
“Tá errado isso aí, que isso?”, disse Haddad ainda em tom de brincadeira.
Dilma também usou seu discurso para criticar Aécio e pedir votos para o PT. “Não é vergonha perder, é vergonha dar golpe”, disse sobre a eleição presidencial de 2014.
“Dia 7 seremos os juízes desse país e vamos votar para interromper o golpe e o retrocesso”, disse Dilma.
“Agora temos um professor que anda com suas pernas por Lula. […] Haddad tem que ser eleito para fazer o país ter esperança e autoestima”, completou.
E, ao pedir votos para Pimentel e deputados, Dilma incluiu Miguel Correa (PT), lembrando seu número na urna. Correa também é candidato a senador na chapa, mas tem sido rejeitado após a acusação de pagar por influenciadores digitais.
Nos bastidores, a própria Dilma questionou a manutenção da candidatura do petista, que já ia sendo esquecido no discurso de Pimentel, mas foi mencionado como parte da chapa no último momento. Foi o primeiro ato com a participação de Miguel, que estava recluso.
O governador voltou a dizer que a libertação de Lula depende da eleição de Haddad, embora o próprio tenha afirmado que não daria indulto ao ex-presidente.
“A libertação de Minas, a libertação do Brasil e a libertação desse grande herói chamado Lula depende do nosso voto”, disse.
Em suas falas, Haddad, Manuela e Pimentel falaram sobre a simbologia de Ouro Preto como lugar de liberdade e resistência.
O ato não lotou a praça Tiradentes. O público reclamou pelo atraso de mais de 2h do evento.
Pela manhã, os petistas não conseguiram decolar em Belo Horizonte devido ao mal tempo e fizeram parte do trajeto de van, até que o tempo abriu e um helicóptero foi buscá-los no caminho.
De Ouro Preto, os candidatos seguem para Betim, na região metropolitana de BH, e depois para Montes Claros, no norte de Minas para um último ato à noite.
No último dia 28, Haddad fez um ato em BH também acompanhado de Dilma, Pimentel e Manuela, mas ainda como candidato a vice.
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