Os deputados da base governista na Paraíba estão empenhados na campanha da virada de votos em favor do candidato à Presidência da República Fernando Haddad (PT). A tônica dos discursos na Assembleia Legislativa, durante as sessões, gira em torno do segundo turno da eleição presidencial no Estado.
O deputado Adriano Galdino (PSB), um dos candidatos a presidente da nova Mesa Diretora da Casa, disse que cada militante tem que despertar dentro de suas próprias famílias a responsabilidade desse momento, porque as coisas não se resumem a ser contra o PT e que o discurso não é esse.
“Eu concordo que o PT errou, foi omisso e protagonista de diversos erros, mas os erros que o partido cometeu não me dão o direito de entrar numa aventura em querer colocar o Brasil nas mãos de quem não tem equilíbrio, não tem preparo para comandar o nosso país. É preciso que a gente pense grande e pense com responsabilidade”, destacou.
Ele acredita que se o candidato adversário, Jair Bolsonaro (PSL), ganhar as eleições, os direitos sociais adquiridos desde a época do império podem retroceder. “O momento é de muita reflexão. O que será escolhido no domingo não é contra ou a favor do PT. Nós vamos escolher entre um livro e uma arma. Entre um professor capacitado e um cidadão que não tem preparo e nenhum equilíbrio”, destacou.
O líder do governo, Hervázio Bezerra (PSB), afirmou que ninguém pode se omitir diante do cenário político que se avizinha, e a tribuna da Casa tem que ser usada por todos os parlamentares para que a população saiba o voto deles e que cada um que tome a decisão que melhor lhe aprouver.
“Estou preocupado com a escolha do nosso presidente da República quando um se recusa a participar dos debates. Está muito complicado. Mas todos têm que atentar que vamos decidir o futuro do Brasil. Sei como ninguém que o PT errou, mas vamos botar na balança todos os prós e contras. Se não fosse a transposição, o município de Campina Grande não teria hoje uma gota d’água e graças à parte de acerto do PT. A nossa vida, a nossa economia é que estão em jogo. Vamos votar por convicção em Haddad”, ressaltou.
O deputado Anísio Maia (PT) recorreu à frase “Brasil ame-o ou deixe-o”, comum na época da ditadura militar do Brasil, que segundo ele, se Bolsonaro ganhar será “corra ou vai apanhar muito”, porque a situação será dificultada para os movimentos sociais do país.
“E não só isso: todos que discordarem serão seriamente coagidos e reprimidos, mas eu acredito muito que isso não vai acontecer porque no domingo vai dar 13 na cabeça”, assegurou.
Já o deputado Raniery Paulino (MDB), foi o único da bancada de oposição a dizer que vai votar em Haddad. Na justificativa, o deputado expressou que quando ministro da Educação, Haddad atendeu a um pleito seu, que foi a instalação do Instituto Federal de Educação no município de Guarabira. “É um voto de gratidão”, externou o emedebista.
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