Na última semana, dezessete fábricas de água foram fechadas, em 22 cidades da Paraíba, por irregularidades na produção e comercialização de água adicionada com sais minerais. A Operação Poseidon, realizada pelo Ministério Publico da Paraíba, Agência Nacional de Vigilância Sanitária e Secretarias da Receita e da Segurança e Defesa Social, inspecionou 24 empresas e prendeu oito pessoas em flagrante no Estado.
A professora Veruska Brasileiro, que pesquisa o tratamento da água, explica que há mais de noventa parâmetros definidos na legislação que classificam aquela água como potável ou não. Assim, para ser consumida, ela precisa atender a um padrão de qualidade que é estipulado em lei.
Entre as irregularidades constatadas nas empresas, estavam o uso de equipamentos que não garantem a qualidade do produto, a ausência de adição de sais, problemas de higiene nos ambientes de produção e fabricação de água sem atender ao mínimo exigido pela Resolução 182 da Anvisa, que trata sobre o assunto.
– A água é solvente universal e tem a capacidade de solver diversas substâncias (inclusive as nocivas à saúde). Quando a gente tem uma água envasada em garrafões ou naquelas garrafas pequenas, não significa que seja mineral – alertou Veruska.
Segundo a professora, existem três tipos de água que podem ser comercializadas: a água mineral, que é constituída por sais minerais desde a sua fonte e sem a necessidade de adição posterior; a água natural, cuja quantidade de sais é menor, porém ainda atende ao padrão de qualidade estipulado; e a água adicionada de sais, proveniente de qualquer fonte e que necessita ser tratada com sais para atingir aos padrões de potabilidade definidos pela Anvisa.
Desse modo, conta Veruska, qualquer água pode ser tratada para atender a esses padrões de potabilidade. Porém, para cada uma delas há um tratamento específico.
– Hoje, em Campina Grande, eu posso garantir a todos que o tratamento utilizado pela Cagepa é o melhor do estado da Paraíba. Isso porque tem em sua base o carvão ativado, utiliza oxidantes que evitam a liberação de subprodutos prejudiciais à saúde e ainda utiliza polímeros que favorecem a separação das impurezas presentes no líquido – disse ela.
Quando questionada se a água é boa para beber, a professora concluiu: é uma água dentro dos padrões de potabilidade.
Rádio CBN