Neymar deixou o hotel da seleção brasileira em St. Albans, norte de Londres, rumo ao primeiro treino da semana usando um boné com o número 100 ao lado de seu nome. É o símbolo de uma marca que até a própria CBF tem dificuldade de explicar.
Neymar deixa hotel para treinar com a Seleção Brasileira.
Tradicionalmente, os jogadores da Seleção recebem bonés com seus nomes acompanhados do número de convocações. Só que “convocações” não significa nem o número de vezes em que o técnico o chamou para defender a equipe, tampouco a quantidade de atuações do atleta.
O “100” no boné de Neymar indica que nessa rodada de amistosos, contra Uruguai e Camarões, ele será pela centésima vez relacionado para um jogo da Seleção. Calma, que não é tão simples quanto parece.
E se Neymar se machucar entre um jogo e outro? E se, por alguma outra razão, ele não puder disputar a segunda partida marcada para o período? Isso já aconteceu, por exemplo, em março de 2016. Neymar recebeu cartão amarelo contra o Uruguai e ficou suspenso, não pôde enfrentar o Paraguai, dias depois.
Na Copa do Mundo de 2014, quando Neymar, lesionado, não pôde participar dos últimos dois jogos, contra Alemanha e Holanda. Na Copa América de 2015, expulso e suspenso pela Conmebol, também ficou ausente das partidas finais, diante de Venezuela e Paraguai.
Nesses casos, contam quantas convocações para? A explicação é tão complexa que há quem defenda, na CBF, que os bonés passem a ser feitos com o número de jogos, absoluto e incontestável. Neymar tem 94 pela seleção principal. Nesta sexta-feira, quando pisar no gramado contra o Uruguai, terá 95 – são 59 gols, atrás de Pelé (95), Ronaldo (67) e Zico (66).
Globo Esporte