Desemprego é o maior dos últimos sete anos em 13 capitais brasileiras em 2018

No primeiro ano de recuo do desemprego no país após três altas seguidas, 13 capitais brasileiras continuaram aumento no número de desocupados.

São Paulo, por exemplo, tanto sob a ótica da capital, quanto sob os recortes da região metropolitana e do estado, ainda vê o número de desempregados crescer.

Enquanto a taxa de desocupação no país caiu de 12,7% em 2017 para 12,3% no ano passado, na capital paulista o percentual subiu de 13,5% para 14,2%.

Além de São Paulo, outras cidades e regiões metropolitanas, como Rio de Janeiro e Salvador, também viram as suas taxas de desemprego números crescerem.

“Percebe-se que o problema é mais forte nos grandes centros urbanos, acompanhando as maiores concentrações da população. É um desemprego metropolitano, bem maior do que no interior do país”, disse Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Entre as regiões, Sudeste e Nordeste apresentaram maiores índices de desemprego no ano passado. Já o Sul teve menor taxa, seguido pelo Centro-Oeste, região onde nenhuma das capitais teve avanço do desemprego de 2017 para 2018.

Quando a análise é feita pelas unidades federativas, dos 26 estados e DF (Distrito Federal), 18 deles apresentaram recuo dos desempregados em 2018. Amapá é o estado que teve o maior número de desempregados. Santa Catarina, o que tem a menor taxa de desocupação.

Apesar de, no país, o desemprego ter recuado no ano passado, isso não quer dizer que houve grande geração de empregos com carteira assinada.

O crescimento de novos postos ocorreu com mais força no mercado informal. O percentual de empregados sem carteira assinada no setor privado, por exemplo, cresceu de 24,3% em 2017 para 25,4%.

A mesma situação ocorreu com trabalhadores por conta própria, que em 2017 eram 25% e, no ano seguinte, subiu para 25,4%.

“Isso revela a qualidade do emprego sendo gerado nos últimos anos. Com a redução da carteira de trabalho e o aumento da informalidade, a contribuição para a Previdência também cai, o que cria problemas mais à frente”, disse Cimar.​