A prisão preventiva do empresário do ramo da construção civil, preso na Paraíba durante a Operação Feudo, da Polícia Federal, foi revogada nesta segunda-feira (15), por uma decisão liminar do juiz César Jatahy Fonseca, do 1º Tribunal Regional Federal. George Ramalho Barbosa foi preso no dia 10 de abril e teve a prisão preventiva mantida, após audiência de custódia, no dia 12 do mesmo mês.
No documento, o juiz federal afirma que não observa “indícios concretos de eventual risco de fuga”, que justifiquem a prisão cautelar, uma vez que o endereço do empresário e da empresa são informados nos autos. Conforme a decisão, foi estabelecido o prazo de cinco dias para cumprimento e apresentação de informações.
Durante a audiência de custódia, realizada no dia 12 deste mês, a Justiça Federal havia determinado que George Ramalho fosse levado para o 5º Batalhão da Polícia Militar, localizado no bairro do Valentina, por ter diploma de curso superior.
As investigações são relacionadas à obra de saneamento básico no município de Ministro Andreazza, em Rondônia, onde foram cumpridos oito mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão. A Operação Feudo cumpriu ainda quatro mandados de busca e apreensão na Paraíba.
Investigações
As investigações começaram em 2015. De acordo com a PF, as análises indicam que os membros da organização criminosa manipularam a licitação, direcionando o vencedor do contrato milionário da obra de saneamento básico da cidade.
O valor da licitação vencida pela empresa foi de R$ 18 milhões e até o dia 10 de abril haviam sido executados aproximadamente 65% dos serviços de saneamento básico, e comprovados cerca de R$ 3 milhões em prejuízos. O trabalho conta com a participação de servidores da Controladoria-Geral da União (CGU).